
OPORTUNOS
CEO DE 140 EMPRESAS AFRICANAS REVELAM OS TRÊS GRANDES RISCOS E AS TRÊS PRIORIDADES DAS ORGANIZAÇÕES
Durante o Forbes Annual Summit Angola 2024, Inês Filipe, Presidente do Conselho de Administração da KPMG Angola, apresentou os resultados do estudo Global CEO Outlook 2024. Este relatório, que celebra a sua 10ª edição, pela primeira vez incluiu um foco em África, incorporando as visões de 1.325 CEO globais, dos quais cerca de 140 líderes de empresas africanas.
De acordo com o estudo, 53% dos CEO africanos acreditam que a economia global continuará a crescer, enquanto 61% esperam um crescimento económico nos países onde operam. Apesar de desafios como a inflação e tensões geopolíticas, os líderes veem em África um continente repleto de oportunidades, impulsionado pela transição energética global, pela riqueza de recursos naturais e pelo potencial de uma força de trabalho jovem e numerosa.
Principais riscos e prioridades
Neste estudo, os riscos mais apontados pelos CEO africanos incluem: riscos operacionais (17%); cibersegurança (14%); e inflação (13%). A inflação, em particular, preocupa os investidores externos, que demonstram hesitação em relação aos mercados africanos, alertou Inês Filipe.
Para mitigar esses riscos, os CEO destacam a otimização de processos (19%) para enfrentar a inflação e os custos elevados; o crescimento orgânico (16%) das organizações; e a implementação de IA generativa (16%) para racionalizar processos e aprimorar competências da força de trabalho.
Para muitos, o alinhamento com estratégias ESG não é apenas uma resposta a exigências externas, mas também uma oportunidade: 31% dos líderes acreditam que práticas ESG aumentam a capacidade de atrair talentos, especialmente entre os jovens que valorizam o compromisso das empresas com a sustentabilidade.
Quanto ao retorno sobre investimentos em ESG, a maioria dos CEO estima que ele ocorrerá entre três e cinco anos. Ainda assim, mais de 30% dos líderes afirmam que os seus acionistas estão a avançar mais rapidamente do que as próprias organizações na implementação destas estratégias.
Fonte: forbes africa lusofona